quinta-feira, 24 de março de 2011

QUE TENHO EU COM BARNABÉ?

Eu poderia dizer de forma romântica o que é ser cristão, poderia escrever um texto demonstrando uma maravilhosa maneira de se entender como um servo de Deus e a magnitude de desempenhar o papel a você concedido por Cristo a executar nesta Terra.

Poderia provar com palavras que você existe para um propósito sonhado a milhares de anos por um Deus que tem o controle de tudo em suas mãos e demonstrar também aqui, quantos milagres o Senhor Deus escolheu realizar através de você concedendo a você a oportunidade de experimentar algo que jamais imaginou.

Eu poderia, porém, gostaria de lhe apresentar um ser humano. Gostaria de lhe apresentar Barnabé.

Este homem entendeu que sua experiência com Cristo consistia em reorganizar completamente seus valores.

Um homem que nos ensina que para se caminhar com Cristo é necessário entender que nossos bens (sejam quais forem) não são nossos, mas estão a serviço de Deus.

Alguém que a despeito de seus medos e traumas causados pela perseguição à igreja primitiva, insistia em crer na conversão de Saulo (um dos principais perseguidores da igreja em sua época) ao ponto de levá-lo onde os apóstolos se reuniam quando ninguém mais cria em sua conversão.

Corajoso não só diante da perseguição, colocou-se firme ante ao desafio de pastorear e ensinar os que se converteram em Antioquia, alguém que reconhecia, não somente suas limitações ao ponto de ir a Tarso procurar Saulo para que este o auxiliasse, mas também visando o crescimento de um novo líder para a Igreja primitiva.

Barnabé era alguém plenamente confiável, tendo se tornado responsável por conduzir as ofertas feitas pela Igreja de Antioquia à igreja da Judéia no tempo de fome.

Seu coração era missionário e isso foi reconhecido pelo próprio Espírito de Deus quando pediu à igreja de Antioquia que o separasse junto à Saulo para anunciar o Evangelho.

Barnabé sabia o valor de caminhar com Deus e não deixou que sua espiritualidade subisse à sua cabeça quando em Atos 14.12 o enxergaram como a um deus, chamando-o de Zeus, tratou logo de mostrar que apesar de carregar a mensagem de um Deus poderoso, era juntamente com Paulo, homem comum.

Por ter se colocado à disposição de Deus teve não só experiências para contar, como teve também sabedoria para ajudar a igreja de Jerusalém a entender como lidar com os gentios que se convertiam.

Barnabé, não tratava as pessoas com distinção, não permitindo que sua grande amizade com o apóstolo Paulo o fizesse deixar João Marcos para trás em uma de suas viagens missionárias, motivo de grande contenda entre os dois amigos, que pela graça de Deus que habitou seu coração, não foi definitiva.

Estas são pouquíssimas e não muito detalhadas descrições de quem foi este homem, que percebeu que a vida com Cristo tem a ver com o zelo pela Palavra e pelas pessoas.

É hora de percebermos que somos nós os Barnabés a quem Deus quer levantar em nosso momento, que pode ser marcado historicamente por nós, pessoas como Barnabé, pessoas de Deus.

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